quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Comitê do Nobel da Paz justifica prêmio a chinês

Diante da enorme pressão da China contra a premiação do dissidente Liu Xiaobo, o Comitê Norueguês do Prêmio Nobel da Paz declarou que o prêmio se baseia em “valores universais” expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro.

Liu na prisão, condenado a 11 anos de cadeia por defender a democratização da China em um documento chamado de Carta 08. Sob pressão de Beijim, 19 países anunciaram que vão boicotar a cerimônia de entrega do prêmio, amanhã.

A China reagiu furiosamente à premiação, afirmando que Liu Xiabo é um criminoso. O ministério do Exterior chinês acusou o Comitê do Nobel da Paz de querer impor valores ocidentais e deter o desenvolvimento do país.

Indignada, a China criou o Prêmio Confúcio pela Paz Mundial, concedido pela primeira vez hoje. O agraciado foi o ex-vice-presidente de Taiwan, a ilha que o regime comunista chinês considera uma província rebelde e ameaça invadir se declarar a independência.

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