sábado, 6 de novembro de 2010

Hamas aceita paz em troca do fim da ocupação

O dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) pede o aumento da pressão internacional e admite reconhecer Israel em troca do fim da ocupação, com a retirada total das forças israelenses dos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Oficialmente o Hamas não reconhece Israel, defende a luta armada e é contra as negociações de paz. Mas, em entrevista à pesquisadora Manuela Paraipan, do Instituto de Estudos Políticos e Econômicos do Oriente Médio, de Bucareste, na Romênia, Khaled Mechal,  deixou claro mais uma vez o que está disposto a aceitar.

"A pressão agora deve ser dirigida contra Israel", declarou o líder do principal movimento islamita palestino. "É imoral continuar pressionando os palestinos simplesmente porque os americanos e a comunidade internacional estão fracassando diante de Netanyahu.

Mechal tinha 11 anos em 1967. Com a ocupação da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e do Leste de Jerusalém, foi obrigado a fugir para a Jordânia. Tinha 33 anos quando o Hamas fez seu primeiro ataque.

O objetivo da entrevista era discutir o compromisso do partido com a luta armada e sua visão sobre o Estado palestino. Mechal atribuiu à "resistência" os avanços conquistados no processo de paz.

"O que foi conseguido em Oslo foi conquistado pela resistência", afirmou o líder radical palestino. "Ela compeliu Sharon a se retirar de Gaza e desmontar os assentamentos. Devemos ver nosso papel como provedores de segurança para Israel ou devemos lutar pela criação de um Estado Nacional para o povo palestino."

Uma questão central é se o Hamas aceita negociar ou está comprometido com a destruição de Israel: "Acreditamos no trabalho político em todos os seus aspectos. No entanto, selecionamos o tipo de ação mais apropriado para cada estágio da campanha. Quando há ocupação e o povo está sofrendo sob ocupação, a resposta estratégica deve ser a resistência - uma resistência firme e sem hesitar até o fim da ocupação", disse Mechal.

"Em 2006, decidimos participar das eleições, mas não fizemos isso como alternativa à resistência", acrescentou o dirigente do Hamas.

Sua visão do futuro é clara: a resistência acaba "quando a ocupação acabar, porque o Hamas é realista. Chegamos a um acordo entre as facções palestinas e os países árabes para aceitar o estabelecimento de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como capital e o direito de retorno dos refugiados. A grande concessão já foi feita pelas facções palestinas e os países árabes. É aceitar as fronteiras de 1967, nos deixando uns 20% de todo o território em disputa.

Um comentário:

  1. edelvio coelho lindoso6:24 PM

    Israel, virtualmente é uma extensão dos USA, e deve ter recebido um ENCOSTO, da maior democracia do mundo(para consumo próprio, dentro de seu espaço geográfico), de forma que replica isso, no OM. A ONU é nada. Êles pedem, se não derem, êles tomam.
    O estado sionista, foi uma invenção anglo-americana, e uma negociata "intra muros", na loja escocesa do que resultou a doutrina bush(inho). EUA arma o teatro, repreende o pimpolho, tudo de mentirinha, e êste consolida seu espaço vital, à moda hitlerista, a cada embate, sem obstáculos. Desafia a ONU, genebra e quem meis for, num à vontade de fazer inveja ao tiririca, nobre parlamentar.
    Palestinos não têm estado, não é etnia e não tem padrinho. Nada esperem de ONU, nem de congregados islâmicos, nem de condoências internacionais. há uma saida? Se não forem ligados aos dois sacripantas que estão gestando um govêrno mundial com capital em jerusalém?!!! Quem arrisca palpite? Bingo. êles mesmos. Ahaverus e Lig-lig-lé. Não dando certo isso, prá minha tristeza, os palestinos que rasguem as roupas, joguem cinzas nas cabeças, mergulhem no mediterrâneo e sumam.
    Alá os receba.

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