terça-feira, 6 de julho de 2010

Obama quer negociações já entra Israel e palestinos

Ao receber na Casa Branca o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Barack Obama pressionou Israel a iniciar negociações de paz diretas com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, antes de setembro, quando acaba a moratória decretada pelo governo israelense para a expansão das colônias nos territórios árabes ocupados.

Netanyahu prometeu "passos concretos", mas não disse quais seriam.

Os colonos israelenses na Cisjordânia já tem vários projetos para novas construções e Netanyahu resistiu às pressões de Obama para prorrogar a moratória.

Sem o congelamento da colonização, os palestinos se recusam a negociar diretamente com Israel. O processo de paz, estagnado desde a vitória de Netanyahu, não anda.

Por isso, Obama quer lançar as negociações já: "Minha esperança é que, quando as conservações diretas começarem, bem antes do fim da moratória, para criar um clima em que todos sintam que têm de fazer um grande investimento no sucesso" das negociações.

"O presidente e eu discutimos passos concretos que podem ser dados agora, nos próximos dias e nas próximas semanas, para mover o processo de paz de forma robusta", declarou o primeiro-ministro israelense. Mas não escondeu que a maior preocupação de Israel é com o programa nuclear do Irã, suspeito de desenvolver armas atômicas.

Ao falar da crise nas relações entre os EUA e Israel por causa da resistência de seu governo em negociar a paz com os palestinos, Bibi Netanyahu parafraseou o que o escritor americano disse sobre a notícia de sua própria morte: "As reportagens sobre o fim da relação especial entre EUA e Israel não são apenas prematuras, são totalmente erradas."

Na sua visita anterior à Casa Branca, não houve fotos nem entrevista coletiva. Desta vez, Obama foi levá-lo até o carro, mais uma cena do teatro diplomático. Mas isso não significa que eles chegaram a um acordo.

Obama é considerado de esquerda pela direita religiosa americana, favorável ao apoio incondicional a Israel. Netanyahu tem problemas com seu próprio governo direitista, onde o ministro do Exterior linha dura, Avigdor Lieberman, já falou que não vai haver Estado palestino antes de 2012.

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