quarta-feira, 9 de junho de 2010

ONU aprova novas sanções contra o Irã

Por 12 votos a favor, dois contra (Brasil e Turquia) e uma abstenção (Líbano), o Conselho de Segurança das Nações Unidas acaba de aprovar a quarta rodada de sanções contra o regime fundamentalista do Irã por causa de seu programa nuclear, suspeito de estar desenvolvendo armas nucleares.

No encaminhamento da votação, o Brasil anunciou voto contra a resolução, alegando que ela pode ser contraprodutiva e fechar a porta para o diálogo, que teria sido reaberta com o acordo negociado pelo presidente Lula e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.

Mais uma vez, a representante brasileira citou o caso do Iraque, insinuando que a aprovação de sanções é o prelúdio de uma ação militar contra Teerã, ignorando que o presidente Barack Obama abandonou as práticas unilateralistas da diplomacia dos Estados Unidos na era Bush e ofereceu negociações ao Irã.

A Resolução 1929 do Conselho de Segurança reforça a série de medidas econômicas, tecnológicas e militares adotadas em três resoluções anteriores que visavam a evitar o enriquecimento de urânio pelo Irã. Mais de 40 empresas e líderes ligados ao programa nuclear do regime fundamentalista iraniano são alvo de  um congelamento de ativos e de proibição de viajar.

Diante das novas sanções, o Irã afirma que vai encerrar as negociações diplomáticas em torno de seu programa nuclear.

Entre os novos problemas que teriam levado à aprovação destas sanções, estão a descoberta de uma instalação nuclear clandestina na cidade sagrada de Kom e a aceleração do processo de enriquecimento de urânio pelo Irã, que já estaria enriquecendo urânio a 20%.

Para fazer a bomba atômica, é preciso ter urânio enriquecido a 90%.

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