segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mercado responde com ceticismo ao resgate da Grécia

O mercado reagiu com ceticismo ou empréstimo de 110 bilhões de euros, mais de R$ 250 bilhões, do Grupo do Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar uma moratória nos pagamentos da dívida pública da Grécia, de precisa pagar 8,3 milhões de euros no dia 19 de maio de 2010.

Nos próximos três anos, a Grécia vai receber empréstimos de 30 bilhões de euros, cerca R$ 68,5 bilhões, do Fundo Monetário Internacional e 80 bilhões de euros, cerca de 182,5 bilhões, dos países do Grupo do Euro. Em troca, terá de cortar seu orçamento em 40%.

Hoje, o governo da Alemanha aprovou o projeto que será apresentado ao Parlamento na quarta-feira para dar um empréstimo de 22 bilhões de euros como parte do pacote de ajuda à Grécia.

Para justificar o uso de dinheiro do contribuinte alemão, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel declarou que o objetivo é a estabilidade do euro, a moeda comum europeia.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Shaeuble, afirmou que ele e seus colegas da Eurozona vão pressionar os bancos privados a manter a estabilidade da economia grega.

Em Atenas, o ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, reconheceu que o plano é de difícil execução porque impõe sacrifícios pesados a quem não tem responsabilidade pela crise da dívida pública grega.

Com o empréstimo, a dívida grega pula de 300 para 410 bilhões de euros, cerca de 936 bilhões de reais. Cada grego deve 36,6 mil euros, cerca de R$ 83,6 mil reais.

A ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, observou que o plano garante a dívida da Grécia por dois anos e parte do terceiro. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, acredita que nesse tempo o país pode fazer reformas para estabilizar a economia.

Mas o mercado duvida da capacidade da Grécia de fazer o ajuste fiscal necessário justamente pelos sacrifícios que impõe. Desconfia de que o governo não tenha apoio político para impor medidas duras por tanto tempo.

HOje, caminhões de lixo abriram um protesto de funcionários municipais em Atenas contra o cortes de salários e pensões, e aumentos de impostos. Até os militares saíram às ruas e participaram de uma manifestação diante do Parlamento.

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