quarta-feira, 5 de maio de 2010

Crise vira tragédia grega com três mortes

Três pessoas morrem num ataque a um banco com bombas incendiárias durante a terceira greve geral desde fevereiro. O primeiro-ministro George Papandreou chamou as mortes de assassinatos.

A Grécia amanheceu hoje paralisada pela terceira greve geral de protesto desde fevereiro contra os cortes nos gastos públicos equivalentes a R$ 69 bilhões para reduzir o déficit público, em troca de empréstimos de R$ 250 bilhões. Os trens, metrô e os aeroportos não funcionaram.

Logo, começaram as manifestações de rua e os choques com a polícia. Jovens radicais atacaram com pedras e bombas incendiárias. A polícia respondeu com bombas de gás.

Um banco que furou a greve foi incendiado por jovens anarquistas encapuçados. Três funcionários morreram asfixiados. Outros precisaram de ajuda dos bombeiros para pular de uma sacada para outra.

O primeiro-ministro Papandreou chamou as mortes de assassinatos causados pela violência sem limites e a irresponsabilidade política.

Do lado de fora, a multidão enfurecida chamava os deputados para darem explicações e tentava invadir o Parlamento.

• Apesar da crise, a Comissão Europeia aumentou suas previsões de crescimento para a Europa neste ano.

• O euro caiu abaixo de US$ 1,30.

• Na Espanha, o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero se reuniu com o líder da oposição, Mariano Rajoy, com quem estava rompido há três anos, para acelerar a reforma do sistema financeiro e evitar o contágio.

• Na Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel pediu urgência ao Parlamento na aprovação da ajuda de 22 bilhões de euros à Grécia.


• O jornal francês Le Monde conclui que “a união monetária está condenada a reforma”.

• As bolsas da Ásia caíram pelo segundo dia seguido, com queda de bancos por causa da crise na Eurozona e de matérias-primas por causa do aperto de crédito na China. Com perdas de 2%, a bolsa de Xangai baixou ao menor nível em sete meses.

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