A Corte Interamericana dos Direitos Humanos, com sede em São José da Costa Rica, abriu processo contra o Brasil por tortura e outros crimes contra os direitos humanos, e ouviu ontem e hoje depoimentos de representantes de vítimas da ditadura militar.
No caso, a questão central é o que aconteceu com cerca de 70 militantes do Partido Comunista do Brasil e camponeses envolvidos na Guerrilha do Araguaia.
A diretora executiva do Centro pela Justiça e o Direito Internacional, Viviana Kristicevic, afirmou que entre 1972 e 1975 houve uma campanha de extermínio contra um grupo que fazia luta arma contra a ditadura.
Crimeia Almeida, que perdeu três parentes na Guerrilha do Araguaia, disse que recorrer a um tribunal internacional é a última saída depois de 40 anos de tentativa de obter a verdade junto ao governo brasileiro. Não se sabe o que realmente aconteceu com os desaparecidos no Araguaia nem quem foram os responsáveis.
Até 21 de maio o tribunal interamericano recebe, em São José da Costa Rica, documentos das partes interessadas para fundamentar sua decisão.
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