domingo, 4 de abril de 2010

Raúl: "Cuba prefere desaparecer"

O ditador cubano, general Raúl Castro, afirmou neste domingo que "Cuba prefere desaparecer a ceder à chantagem dos Estados Unidos e da Europa", a quem acusou de manipular a situação dos direitos humanos na ilha.

"Este país jamais será dobrado. Prefere desaparecer, como em 1962", declarou o irmão e herdeiro de Fidel Castro, referindo-se à crise causada pela tentativa da União Soviética de instalar mísseis nucleares em Cuba, o que provocou a maior crise da Guerra Fria. Nunca o mundo esteve tão perto de uma guerra nuclear.

Mais uma vez, Raúl insistiu que os presos políticos que fazem greve são "delinquentes comuns" e acusou "a direita espanhola e o império americano" de quererem "acabar com a revolução cubana", que aparentemente não apresenta no momento muitos resultados positivos.

Ao encerrar o 9º Congresso da Juventude Comunista, o atual presidente de Cuba admitiu que a situação econômica do país é critica e alegou que não há como manter subsídios "excessivamente paternalistas". São esses subsídios que mantém a precária economia cubana.

O ditador cubano reconheceu que há "folhas de pagamento inchadas, muito inchadas, terrivelmente inchadas" em quase todos os setores, onde não se pagam salários de acordo com a produção. Gastam-se "milhões e milhões com a importação de alimentos que poderiam ser produzidos em Cuba".

Se a dinastia dos irmãos Castro estivesse disposta a aceitar a introdução da economia de mercado no campo, como fez a China no início de sua reforma econômica, permitindo aos agricultores vender os excedentes, certamente a produção de alimentos aumentaria.

Se as pequenas empresas pudessem operar com um mínimo de condições semelhantes às de uma economia de mercado, gerariam empregos para que o Estado pudesse reduzir sua inflada folha de pagamento.

Mas o que diz Raúl? "Continuar gastando acima da renda significa comermos nosso futuro e ameaçarmos a sobrevivência da revolução".

Em outras palavras, tudo o que os cubanos podem esperar é miséria, escassez e sacrifícios em nome de uma revolução que só olha para o passado e não tem nenhum projeto para o futuro do país.

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