quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coreia do Norte festeja Grande Líder

O regime stalinista da Coreia do Norte festejou hoje o Dia do Sol, data de nascimento, há 98 anos, do Grande Líder Kim Il Sung, fundador do país, que morreu em 1994.

É o pai do Querido Líder, Kim Jong Il, atual ditador norte-coreano. Mas o culto ao Grande Líder continua, talvez até porque não há muito o que cultuar num playboy sem limites que herdou o trono do pai.

Kim, o Grande Líder, liderou o luta contra o Japão na Segunda Guerra Mundial e se beneficiou da invasão da União Soviética, que no último momento declarou guerra ao Japão, tomou o Norte da Península Coreana.

Em 1948, Kim fundou a Coreia do Norte. Em 25 de junho de 1950, invadiu o Sul dando início à Guerra da Coreia, em que os Estados Unidos, com mandato da ONU, e a China intervieram em lados diferentes e travaram uma guerra entre eles.

O armistício veio depois de 2,5 milhões de mortes, em 27 de julho de 1953. Mas a paz não veio até hoje.

Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim e 18 anos depois do fim da União Soviética, a Península Coreana resiste. É a última fronteira da Guerra Fria.

Ao Sul da zona desmilitarizada do paralelo 38º N, há um país moderno, desenvolvido e democrático. A Coreia do Sul é hoje a quarta maior economia da Ásia, depois de Japão, China e Índia. Praticamente universalizou o segundo grau. É um ensino de alta qualidade e não só em matemática e ciências. Um quarto da população toca um instrumento musical.

Ao Norte, o último regime autenticamente stalinista do planeta, com uma economia decadente. O fracasso da política de autossuficiência e o fim da URSS levaram Pionguiangue a fazer uma chantagem nuclear contra os EUA.

Durante décadas, sob o Grande Líder, a República Democrática Popular da Coreia (reivindica o direito de representar toda a península) não reconheceu os governos da Coreia do Sul e do Japão, que chama de fantoches dos EUA. Queria negociações diretas que Washington sempre rejeitou.

Com a chantagem atômica, o regime comunista norte-coreano tenta barganhar ajuda econômica, de energia e de alimentos para sobreviver. Seu único aliado é a China, que usa a carta coreana como mais um elemento de barganha nas relações com os EUA.

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