quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mais de 900 soterrados são salvos na China

Chegou a 617 o total oficial de mortos no terremoto que abalou a província de Qinghai, no centro-oeste da China, uma região remota do planalto tibetano junto à divisa do Tibete, em 14 de abril de 2010.

Mais de 900 pessoas que estavam sob os escombros foram retiradas com vida, informou a polícia chinesa.

O tremor aconteceu a 10 quilômetros de profundidade, com epicentro no condado de Yuchu, às 7h49 da manhã pelo horário local, quando as crianças estavam em aula, início da noite de ontem pelo horário de Brasília.

Para o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o abalo foi de 6,9 graus na escala aberta de Richter. Os chineses avaliaram a magnitude do sismo em 7,1 graus. Há dois anos, um terremoto na vizinha província de Sichuã matou 87 mil chineses.

Agora, a destruição foi grande porque as construções eram precárias. Várias casas são de barro e madeira. Desabaram. É uma zona rural pobre onde vivem 100 mil pessoas, com uma renda média de US$ 350 por ano, a metade da renda média das zonas rurais da China.

Sem equipamentos especiais, os bombeiros lutaram para apagar incêndios. As equipes de resgate e os voluntários, entre eles vários monges budistas tibetanos, começaram a cavar com suas próprias mãos.

O vice-primeiro-ministro chinês, Hui Liangyu, visitou o condado de Yuchu, a região mais abalada. Pequim prometeu uma ajuda equivalente a R$ 50 milhões.

Cinco mil soldados e agentes da Defesa Civil seguiram para trabalhar no resgate. Eles levam 5 mil barracas e 50 mil casacos. Uma das maiores preocupações agora é o frio.

À noite, a temperatura caiu para -4ºC e as pessoas não puderam se abrigar nos prédios que sobraram por medo de tremores secundários.

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