sábado, 6 de março de 2010

Ahmadinejad chama 11/9 de "grande mentira"

Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos foram inventados para justificar a invasão do Afeganistão, acusou hoje o presidente linha dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

Em discurso para funcionários do Ministério da Informação, Ahmadinejad voltou a provocar os EUA, num momento de crescimento da tensão entre os dois países, com a pressão internacional para que a república islâmica pare de enriquecer urânio e desista de fabricar a bomba atômica.

"11 de setembro foi uma grande mentira, um pretexto para a guerra contra o terror e um prelúdio da invasão do Afeganistão", declarou o presidente do Irã.

Ahmadinejad nega repetidamente o genocídio dos judeus na Segunda Guerra Mundial. É a primeira vez que chama os atentados terroristas de 2001 de "grande mentira", uma encenação orquestrada pelos serviços secretos dos EUA para conseguir apoio para atacar países muçulmanos.

Em 2007, quando participava da Assembleia Geral da ONU, o dirigente iraniano tentou visitar o Marco Zero, onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center. Foi proibido pelas autoridades de Nova York.

Em palestra numa universidade, Ahmadinejad afirmou que as causas e condições que levaram ao ataque ainda precisam ser examinadas e seus autores descobertos. Na época, ele disse à televisão iraniana que os atentados eram resultado da administração ruim e desumana do mundo pelos Estados Unidos.

Agora, diante do fracasso da tentativa de negociação direta do governo Barack Obama com o regime fundamentalista iraniano, os EUA querem impor sanções mais duras através do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A China resiste e a Rússia quer amenizar um pouco as medidas.

Sem o apoio ou a omissão desses países, que têm direito de veto, as sanções não serão aprovadas.

Além de nenhum voto a favor das cinco potências com assento permanente no Conselho de Segurança - EUA, China, Rússia, França e Reino Unido -, o governo Obama precisa de nove votos a favor.

O Brasil e a Turquia, membros temporários, também não querem aumentar a presão contra o Irã, apesar das ameaças e provocações do ditadorzinho de Teerã. Ahmadinejad não ajuda nem seus aliados.

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