Sessenta e cinco anos depois do bombardeio aliado que arrasou a cidade barroca de Dresden, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 7 mil neonazistas pretendiam realizar uma marcha. Mas foram impedidos por cerca de 15 mil esquerdistas. Eles enfrentaram a polícia para bloquear a passagem dos extremistas de direita.
Em 13 e 14 de fevereiro de 1945, quando a guerra já estava decidida, mil aviões bombardeios das forças aéreas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha atacaram Dresden com 4 mil toneladas de explosivos, inclusive bombas incendiárias.
Mais de 30 quilômetros quadrados da cidade, para onde Hitler cogitava transferir a capital da Alemanha foram destruídos. Cerca de 25 mil pessoas morreram.
Hoje, milhares de neonazistas se concentraram diante da estação ferroviária de Neustadt para realizar uma marcha e lembrar o bombardeio.
Mas um grupo maior, reunindo cerca de 15 mil esquerdistas, fez uma corrente humana para bloquear as ruas e impedir a passeata dos nazistas. Eles enfrentaram a polícia, que usou gás lacrimogênio, mas não deixaram os nazistas festejarem uma das grandes derrotas de Hitler.
Até hoje, os alemães acusam os líderes aliados, Franklin Roosevelt e Winston Churchill, de crimes de guerra pelos ataques a Dresden, Colônia e outras cidades da Alemanha. Os neonazistas comparam o bombardeio ao Holocausto, o massacre de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.
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