sábado, 7 de novembro de 2009

El Salvador admite culpa pela morte de Dom Romero

Numa reviravolta histórica, o governo do presidente Mauricio Funes reconheceu a responsabilidade do Estado no assassinato do arcebispo de San Salvador, Dom Oscar Arnulfo Romero, por esquadrãos da morte durante a missa de domingo, em 24 de março de 1980.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos recomendou ao governo salvadorenho que faça uma investigação policial completa, imparcial e efetiva para identificar, julgar e punir os responsáveis.

Na época, o principal suspeito era o grupo terrorista do major Roberto D'Abuisson, o principal líder dos grupos paramilitares e esquadrões da morte antes e durante a guerra civil salvadorenha.

Dom Romero fazia sermões em defesa dos direitos humanos quando aumentava a ação de grupos paramilitares de direita. Seu assassinato foi o estopim da guerra civil salvadorenha.

Até o acordo de paz patrocinado pelas Nações Unidas no fim da Guerra Fria, em 1992, cerca de 75 mil salvadorenhos foram mortos.

O atual presidente, Mauricio Funes, é o primeiro eleito pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN). Esse grupo guerrilheiro desafiou o Exército de El Salvador, que tinha o apoio dos Estados Unidos, na época sob a presidência de Ronald Reagan (1981-89).

Funes era jornalista, nunca pegou em armas e entrou para o partido há poucos anos, depois do acordo de paz.

Um comentário:

Marcos Bassani disse...

Olá, tudo bem !!! Li os seus artigos, bem atualizados e dinâmicos. Tenha um final de semana abençoado, fique na PAZ.