A forte mobilização de jovens e mulheres nos centros urbanos ameaça a reeleição do presidente linha dura do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
Com a radicalização, a eleição presidencial desta sexta-feira, 12 de junho de 2009, no Irã virou um plebiscito sobre o governo do atual presidente, que nega o massacre de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, e ameaça varrer Israel do mapa.
Esta postura agressiva de desafio à grande potência regional e às potências ocidentais dá prestígio ao presidente iraniano no interior do país e entre a população mais pobre.
Já os universitários que temem uma guerra por causa do programa nuclear iraniano apostam na candidatura do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, visto como a principal alternativa a Ahmadinejad.
Mussavi fez campanha prometendo acabar com o isolamento internacional do país e defender os direitos de jovens e mulheres. Para conquistar o eleitorado feminimo, o oposicionista conta com a ajuda de sua própria mulher, a professora Zahra Rahvanard, afastada da reitoria de uma universidade só para mulheres por pressão de Ahmadinejad.
O presidente chegou a ameaçar os outros candidatos de prisão, acusando-os de ofender o chefe de Estado, no caso ele próprio. Aí o ex-presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani apelou ao Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana, aiatolá Ali Khamenei, pedindo que controle o presidente para evitar uma "convulsão social" no Irã.
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