O líder da rebelião dos sérvios da Bósnia-Herzegovina contra a independência desta república iugoslava, Radovan Karadzic, foi extraditado esta noite para Haia, na Holanda, onde será processado por genocídio e crimes contra a humanidade pelo Tribunal Especial das Nações Unidas para Crimes de Guerra na Antiga Iugoslávia.
Ele já chegou a Roterdã, de onde será levado para o tribunal, em Haia, de onde provavelmente nunca mais vai sair, sendo condenado à prisão perpétua.
A maior preocupação do tribunal é não cometer de novo o erro ocorrido com Slobodan Milosevic, o ex-presidente da Iugoslávia e da Sérvia, que morreu do coração em Haia antes de ser julgado.
O processo contra Karadzic deve ser mais conciso, concentrando-se na sua responsabilidade em dois acontecimentos centrais na guerra da Bósnia-Herzegovina, a pior de todas as guerras que destruíram a Iugoslávia.
Karadzic será denunciado pelo cerco de Sarajevo, que começou no início da guerra, em 1992, e foi até o fim, em 1995, num total de 40 meses, provocando 11 mil mortes, e pelo massacre de Srebrenica, onde 8 mil homens adultos e jovens foram exterminados pelas forças sérvias que tomaram a cidade em 11 de julho de 1995, sob o comando do general Ratko Mladic, que continua foragido.
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