terça-feira, 4 de março de 2008

Pentágono acusa China de invadir computadores, desenvolver mísseis e armas anti-satélites

A China está investindo cada vez mais para penetrar nos computadores do sistema de defesa dos Estados Unidos, na expansão de sua Marinha de Guerra, no desenvolvimento de mísseis balísticos intercontinentais e de armas contra satélites-espiões, denuncia um relatório enviado pelo Departamento de Estado americano ao Congresso.

Pelos cálculos dos estrategistas americanos, a China gasta anualmente entre US$ 97 bilhões e US$ 139 bilhões, em contraste com US$ 481,4 bilhões do Pentágono, sem contar com as despesas nas guerras do Iraque e do Afeganistão. Grande parte do orçamento chinês seria destinado à guerra cibernética.

No ano passado, a China destruiu um de seus próprios satélites meteorológicos. Foi um aviso aos EUA. Se os dois países entrarem em conflito, por exemplo, caso Taiwan, que a China considera uma província rebelde, declare independência e receba o apoio americano, os chineses eliminariam os satélites-espiões que os EUA mantêm sobre seu território.

Há poucas semanas, os EUA acabaram com um de seus satélites-espiões que estava obsoleto usando um míssil antimíssil. Acertaram em cheio o alvo que se movia a 27 mil quilômetros por hora a uma distância de 200 km da Terra.

Para a China e a Rússia, foi claramente um teste do sistema de defesa antimísseis americano conhecido como Guerra nas Estrelas, que aponta para a militarização do espaço.

O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou o início de uma nova corrida armamentista, agora no espaço. A Rússia se opõe à instalação de estações de radar e de interceptadores de mísseis na Polônia e na República Tcheca, que vê como uma tentativa de garantir a supremacia militar americana neutralizando sua capacidade nuclear.

Se alguém tinha dúvidas, o depoimento ao Congresso na semana passada do general Kevin Shilton, chefe do Comando Estratégico dos EUA, acabou com elas: "Nossos adversários compreendem nossa dependência de equipamentos situados no espaço. Precisamos estar prontos para detectar, rastrear, identificar, prever e responder a qualquer ameaça a nossa infra-estrutura espacial".

Leia mais sobre o depoimento do general na reportagem A Nova Arte da Guerra, publicada no jornal americano The Washington Post.

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