Com seu estilo turrão, o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, não gosta de conferências de cúpula. Não estava em Santiago do Chile quando o rei Juan Carlos de Bourbon mandou o caudilho venezuelano Hugo Chávez calar a boca. Mas agora, manda seu recado: "O rei Juan Carlos é o melhor político da Espanha e um dos melhores do mundo".
Sobre Chávez, o mandatário argentino não deu uma palavra em público.
Para o jornalista Joaquín Morales Solá, colunista do jornal conservador La Nación, Kirchner de aborrece com discussões ideológicas. Parecem-lhe resquícios da Guerra Fria: "Gostaria de falar sobre as coisas concretas de hoje. Disse a alguns que podemos convocar um seminário para falar de ideologias, mas não vamos gastar o tempo de uma reunião de cúpula com este tipo de debate".
Os comentários sobre Chávez partem de assessores próximos ao presidente: "O que justifica o plebiscito de Chávez? Para que ficar mais tempo no poder além dos 16 anos que lhe estão assegurados? Para que correr o risco de uma derrota?"
Talvez por isso, tenha escolhido sua mulher, a senadora e presidente eleita Cristina Fernández de Kirchner para disputar a eleição de 28 de outubro passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário