Na maior manifestação da chamada 'guerra das papeleiras', 130 mil pessoas se reuniram ontem na cidade argentina de Gualeguaychú e na ponte que a liga ao Uruguai para protestar contra a instalação de uma fábrica de papel e celulose da empresa finlandesa Botnia na margem oriental do Rio Uruguai. A marcha foi convocada como um "abraço do Rio Uruguai".
"Primeiro, a Botnia se relocaliza. Depois, discutimos o resto", afirmou o vice-governador da província argentina de Entre Ríos, Pedro Guastavino.
O conflito provoca sucessos bloqueios das passagens na fronteira entre os dois países, irritando o governo uruguaio, favorável à instalação das papeleiras. Mas o locutor argentino que animava a manifestação foi claro: "A Botnia é ilegal e não tem nem terá a licença social de nossos povos. Exigimos que a Botnia e a Finlândia se retirem da bacia do Rio Uruguai. Não qeremos fábricas de celulose no Rio Uruguai. Defenderemos o rio, seus arroios e suas terras de qualquer tipo de contaminação presente e futura. Responsabilizaremos o governo uruguaio por permitir que estas empresas avancem com seus projetos".
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