O governo provisório da Somália ofereceu anistia aos guerrilheiros muçulmanos que dominavam a capital, Mogadíscio, e que agora estão em retirada, diante de uma ofensiva liderada pela vizinha Etiópia em apoio ao frágil primeiro-ministro somaliano, Mohamed Ali Gedi. Mas é improvável que eles aceitem a proposta e entreguem as armas.
Primeiro, a União dos Tribunais Islâmicos prometeu lutar até a morte. A Somália vive sob um regime de anarquia desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991. As armas são a única garantia de segurança e o governo provisório é fraco. Só retomou a capital do país com o apoio da Etiópia, estimulada pelos Estados Unidos, que tentam conter a expansão do fundamentalismo muçulmano.
A maioria dos somalianos é contra a presença de tropas da Etiópia no país. Não há garantia de que a guerra civil recomece quando os etíopes forem embora. Pior ainda, seria uma guerra envolvendo toda a região do Chifre da África na guerra dos Estados Unidos contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos ou jihadistas
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