sábado, 1 de abril de 2006

Alemanha teme confrontos de neonazistas durante a Copa do Mundo

De um lado, os neonazistas; do outro, os famigerados hooligans (arruaceiros) britânicos. Este é um dos pesadelos dos organizadores da Copa da Alemanha: batalhas de rua entre jovens ultranacionalistas da Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda, Polônia ou de qualquer outro país europeu, talvez da Austrália.

Numa conferência sobre segurança realizada a apenas 10 semanas do início da Copa, o ministro do Interior da Alemanha, Wolfgang Schäuble, revelou que grupos neonazistas planejam “usar a Copa do Mundo para aparecer a fazer propaganda”. Mas garantiu que a policia alemã está pronta a enfrentar o desafio.

Na quinta-feira, 30 de março, o jornal berlinense Der Tagesspiegel afirmou que os neonazistas planejam manifestações para o período do mundial de futebol. Esperam que a policia esteja tão envolvida na segurança da Copa que não tenha tempo para eles.

O Partido Nacional da Alemanha e outros grupos neonazistas pretendiam organizar uma marcha pela “liberdade de expressão” em Gelsenkirchen, no Vale do Ruhr, em protesto porque o nazismo é oficialmente banido na Alemanha. Também programaram manifestações de Leipzig, Berlim e Nurembergue em solidariedade ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que declarou publicamente que "não houve o Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial", é um "mito", e que "Israel deve ser varrida do mapa”. Estas quatro cidades serão sede de jogos da Copa.

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