sábado, 20 de janeiro de 2018

Governo federal dos EUA fecha por falta de orçamento

Pela primeira vez em cinco anos, o governo federal dos Estados Unidos parou de funcionar em atividades não essenciais há duas horas atrás a minoria do Partido Democrata no Senado bloqueou uma medida para financiar temporariamente os gastos públicos até a aprovação do orçamento.

É a primeira vez que os EUA fecham com um presidente com maioria na Câmara e no Senado. Eram necessários 60 votos para a aprovação. Deu 50-49, ao longo das linhas partidárias, com algumas defecções.

Agora, mesmo que o Senado chegue a um acordo, o projeto terá de passar pela Câmara dos Representantes até o governo retomar suas atividades normais.

As atividades essenciais, como Forças Armadas, FBI (Polícia Federal), portos e aeroportos não param. Mas não se pode tirar passaporte ou encaminhar qualquer pedido à burocracia federal. Os parques nacionais fecham.

O governo não tem mais dinheiro para funcionar porque o Congresso, que representa o povo, não aprovou o orçamento. Os gastos da máquina federal não estão autorizados.

A Casa Branca divulgou nota acusando os democratas de "perdedores obstrucionistas". O presidente Donald Trump responsabiliza o líder democrata, senador Chuck Schumer, o tenta caracterizar a obstrução como uma manobra para manter imigrantes ilegais no país.

Trump quer dinheiro para erguer o muro na fronteira do México e os democratas querem garantir que não sejam deportados 800 mil jovens que entraram ilegalmente no país quando menores de idade. Os chamados "sonhadores", imbuídos pelo sonho americano, pouco moraram em seus países de origem, para onde podem ser enviados por Trump para agradar sua base política branca e anti-imigrantes.

O governo federal dos EUA parou da mesma maneira duas vezes no governo Bill Clinton (1993-2001), de 14 a 19 de novembro de 1995 e de 16 de dezembro de 1995 a 6 de janeiro de 1996, por iniciativa do então presidente da Câmara, Newt Gingrich, quando os republicanos eram maioria.

No governo Barack Obama, houve uma paralisação das atividades não essenciais de 1º a 17 de outubro de 2013. Os democratas se defendem com o argumento de que cabe ao governo aprovar o orçamento.

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