quarta-feira, 7 de maio de 2025

Índia e Paquistão se atacam com risco de guerra nuclear

Duas semanas depois de um ataque terrorista que matou 26 turistas indianos perto de Pahalgam, na região indiana da Caxemira, a Índia bombardeou o Paquistão na madrugada de hoje e alegou que os nove alvos fazem parte da infraestrutura do terrorismo. O Paquistão anunciou o abate de cinco aviões de guerra inimigos. A Índia não confirmou. Pelo menos 31 paquistaneses e 12 indianos foram mortos. Há risco de uma escalada entre os dois inimigos históricos, que são potências nucleares.

O bombardeio indiano atingiu cinco alvos na região paquistanesa da Caxemira e quatro na província do Punjab. Foi o maior ataque da Índia ao Paquistão desde a Guerra da Independência de Bangladesh, o antigo Paquistão Oriental, em 1971. Nenhuma instalação militar foi alvejada. O ministro do Exterior indiano, Vikram Misri, declarou que "as ações foram comedidas, não escalatórias, proporcionais e responsáveis."

Em um pronunciamento emocionado à nação, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif denunciou a "violação da soberania do Paquistão" e anunciou ter autorizado as Forças Armadas a tomar as "ações correspondentes".

Um total de 125 aviões participaram da batalha aérea de mais de uma hora em que o Paquistão alega ter abatido cinco caças indianos. Cada esquadra aérea ficou de seu lado da fronteira ou linha de controle disparando mísseis contra o inimigo. Em 2019, um piloto indiano capturado em território paquistanês foi alvo de exposição pública.

A Índia acusa o serviço secreto militar do Paquistão de estar por trás dos grupos que lutam pela da Caxemira, de maioria muçulmana. É um conflito que vem desde que os países se tornaram independentes do Império Britânico, em agosto de 1947. Os dois países travaram quatro guerras, três em torno da Caxemira. Desde 1989, há um movimento armado na luta contra a Índia. Cerca de 50 mil pessoas foram mortas no conflito desde então.

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