sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 25 de Novembro

PEÇA FAZ 70 ANOS EM CARTAZ

    Em 1952, a peça A Ratoeira, da escritora e dramaturga inglesa Agatha Christie de histórias policiais e de mistério, estreia no Ambassadors Theatre, em Londres, para se tornar o espetáculo teatral que fica mais tempo em cartaz continuamente. Completa hoje 70 anos.

Depois de 9 mil apresentações, em 1974, A Ratoeira passa para o Saint Martin's Theatre, onde fica em cartaz até março de 2020, quando é suspensa por causa do confinamento para combater a doença do coronavírus de 2019 (covid-19). 

Com a queda no contágio e nos casos graves, voltou a ser encenada e está em cartaz no Saint Martin's Theatre. 

JFK ENTERRADO COMO HERÓI

    Em 1963, três dias depois do assassinato, o presidente John Fitzgerald Kennedy é enterrado como herói no Cemitário Nacional de Arlington, na Virgínia.

A cerimônia transmitida ao vivo para o mundo revela o caráter ritual da televisão, com a viúva Jacqueline Kennedy, os filhos pequenos, os irmãos Robert e Edward Kennedy e líderes mundiais como o presidente francês, Charles de Gaulle, acompanhando o cortejo fúnebre.

Kennedy foi o 35º presidente dos Estados Unidos, o mais jovem e o primeiro católico (Biden é o segundo). Morre ao desfilar em carro aberto em Dallas, no Texas. As investigações oficiais concluíram que o atirador Lee Harvey Oswald, preso pouco depois, agiu sozinho.

Dois dias depois do assassinato, Oswald é morto por Jack Ruby, um dono de boate em Dallas supostamente ligado à máfia, o que alimenta o mistério e as teorias conspiratórias sobre a morte de um dos mais carismáticos presidentes da história dos EUA.

MORTE DE MISHIMA

    Em 1970, o escritor ultranacionalista japonês Yukio Mishima se mata com um seppuku, o suicídio ritual dos samurais, diante da falta de apoio popular a suas ideias extremistas.

Mishima, nascido em 1925, tinha uma obsessão contra a falta de espiritualidade da vida contemporânea. Preferia o Japão imperial de antes da Segunda Guerra Mundial (1939-45), com suas tradições e um patriotismo austero, ao materialismo do Japão ocidentalizado do pós-guerra.

Para defender seus valores, funda a Sociedade Escudo, um exército privado com 100 homens para defender o imperador de um possível levante esquerdista.

Em 25 de novembro, Mishima lança o último dos quatro volumes de O Mar da Fertilidade, um épico sobre a vida do Japão no século 20, talvez sua maior obra. Com um grupo de seguidores, ele vai até um quartel e toma o escritório do comandante.

Em seguida, faz um discurso diante de mil soldados e os exorta a derrubar a Constituição imposta durante a ocupação do país pelos Estados Unidos. Diante da indiferença dos militares, comete suicídio.

ESCÂNDALO IRÃ-CONTRAS

    Em 1986, três semanas depois de um jornal libanês revelar que os Estados Unidos estavam vendendo armas secretamente para a República Islâmica durante a Guerra Irã-Iraque (1980-88), o procurador-geral e ministro da Justiça, Edwin Meese, admite que o dinheiro recebido está sendo desviado para os rebeldes contrarrevolucionários que lutam contra a Revolução Sandinista na Nicarágua, os contras.

A venda de armas ao Irã choca a opinião pública. Afinal, o presidente Ronald Reagan sempre declara publicamente que não negocia com terroristas. Os EUA considera o regime fundamentalista xiita iraniano terrorista, especialmente a partir da ocupação por 444 dias da Embaixada Americana em Teerã, e a venda de armas o país está proibida.

Desde 1982, também está proibida a ajuda federal "com o propósito de derrubar o governo da Nicarágua".

Diante da notícia, Reagan demite o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, vice-almirante John Poindexter, e o coronel Oliver North (foto), o operador do esquema. O procurador especial Lawrence Walsh é nomeado para investigar o escândalo.

O inquérito conclui que nem Reagan nem o vice-presidente George Bush violou a lei. Em 24 de dezembro de 1992, depois de perder a reeleição para Bill Clinton, Bush dá o indulto presidencial a seis acusados, entre eles o ex-secretário da Defesa Caspar Weinberg.

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