quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Hoje na História do Mundo: 10 de Novembro

 FUZILEIROS NAVAIS

    Em 1775, durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775-83), o Congresso Continental aprova uma resolução para criar "dois batalhões de fuzileiros navais", soldados de infantaria embarcados na recém-criada Marinha para desembarcar em operações de assalto anfíbio.

A data é comemorada como o nascimento do Corpo dos Fuzileiros Navais, uma das armas das Forças Armadas dos EUA. 

Depois do fim da guerra, tanto a Marinha quanto os batalhões de fuzileiros navais são desmobilizados. Mas os conflitos no mar com a França revolucionária levaram à recriação da Marinha em maio de 1798. Dois meses depois, em 11 de julho, o Corpo de Fuzileiros Navais torna-se uma força permanente, sob o controle do Departamento da Marinha.

Além da quase guerra com a França, os fuzileiros navais combatem a pirataria no Oceano Atlântico e invadem o Marrocos. Até hoje, os marines participaram de mais de 300 invasões norte-americanas. Os EUA têm hoje 181,2 mil fuzileiros navais.

ESTADO NOVO

    Em 1937, o presidente Getúlio Vargas dá um golpe de Estado, impõe uma Constituição outorgada, fecha o Congresso e instaura a ditadura do Estado Novo, um período marcado pelo autoritarismo, o nacionalismo, a censura, a tortura e o anticomunismo, sob inspiração do nazifascismo europeu.

A desculpa para o golpe é o Plano Cohen, uma suposta conspiração comunista para tomar o poder no Brasil. Mais tarde, sabe-se que foi forjado pelo capitão Olímpio Mourão Filho, o mesmo que, como coronel, deflagra o golpe militar de 1964 ao marchar da guarnição de Juiz de Fora rumo ao Rio de Janeiro.

Em manifesto à nação, Vargas alega que o golpe visa a "ajustar o organismo político às necessidades econômicas do país".

A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-45) ao lado dos Estados Unidos e os ataques de submarinos alemães a navios brasileiros no Oceano Atlântico afastam o Brasil do nazifascismo. 

Com o fim da guerra, Vargas cai e o país vive seu primeiro período democrático, sob a Constituição de 1946, até o golpe militar de 31 de março de 1964, início de uma ditadura de 21 anos.

SARO-WIWA ENFORCADO

    Em 1995, a ditadura do general Sani Abacha enforca o escritor e ativista nigeriano Ken Saro-Wiwa e outros oito militantes do Movimento pela Sobrevivência do Povo Ogôni.

O escritor pretexta inocência e afirma estar sendo condenado por criticar a exploração de petróleo nas terras da etnia ogôni pela empresa multinacional Shell, mas Abacha rejeita os pedidos de clemência e até mesmo de adiar a execução.

A ditadura acaba com a morte de Abacha, em 8 de junho de 1998, envenenado, possivelmente com Viagra falsificado, quando fazia festa com duas prostitutas. Desde então, a Nigéria vive um período democrático.

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