sábado, 6 de agosto de 2022

Hoje na História do Mundo: 6 de Agosto

EUA DEBATEM CONSTITUIÇÃO

    Em 1787, a Convenção Constitucional começa a discutir o primeiro anteprojeto completo da Constituição dos Estados Unidos.

Meses antes da rendição do Império Britânico, em Yorktown, a ratificação dos Artigos da Confederação cria normas legais para os EUA. O Congresso tem amplos poderes para governar o país, mas não tem autoridade para pedir dinheiro e tropas aos estados. 

Para consolidar a União, em 25 de maio de 1787, a Convenção Constitucional se reúne pela primeira vez na Casa de Governo do Estado da Pensilvânia, na cidade da Filadélfia, onde fora escrita a Declaração da Independência.

BOMBA DE HIROXIMA 

    Em 1945, às 8h15, o avião bombardeiro Enola Gay, dos Estados Unidos, joga a primeira bomba atômica, em Hiroxima, no Japão, matando imediatamente pelo menos 80 mil pessoas, no fim da Segunda Guerra Mundial. 

Três dias depois, os EUA jogam uma segunda bomba atômica, em Nagasaki, matando 60 mil pessoas. O Japão se rende em 15 de agosto. Com as vítimas que morrem até hoje de doenças causadas pela radiação o total de mortes passa de 300 mil.

A justificativa do bombardeio nuclear é a necessidade de obrigar o Japão a se render incondicionalmente. A julgar pelas batalhas de Iwo Jima e Okinawa, a invasão das quatro principais ilhas do arquipélago japonês pode custar um milhão de vidas. Por outro lado, quem condena o ataque alega que o Japão já negociava a paz através da Suíça.

O plano para fazer uma bomba nuclear de urânio começa em 1939, quando o físico italiano Enrico Fermi se encontra na Universidade de Colúmbia com oficiais da Marinha dos EUA para discutir o uso militar da fissão nuclear. 

Naquele ano, em carta ao presidente Franklin Roosevelt, o genial cientista alemão Albert Einstein defende a teoria de que uma reação nuclear descontrolada, em cadeia, tinha um grande potencial para ser a base de uma arma de destruição em massa. Daí, nasce o Projeto Manhattan, com objetivo de criar uma bomba atômica antes da Alemanha nazista. 

Na Alemanha, o projeto era chefiado por Werner von Heisenberg, um dos maiores físicos teóricos do século 20, criador do Princípio de Incerteza. Felizmente, ele fracassa na prática ao não chegar ao conceito de massa crítica, a quantidade de material físsil necessária para manter uma reação nuclear em cadeia autossustentada, de 47 quilos para o urânio-235 e 10 kg para o plutônio-239, os explosivos nucleares usados em Hiroxima e Nagasaki. 

Faltou apoio do Estado-Maior e da cúpula do Partido Nacional-Socialista Trabalhista Alemão (Nazista). Albert Speer, arquiteto-chefe e ministro dos Armamentos da Alemanha, se reuniu cerca de 2,2 mil vezes com o ditador Adolf Hitler. Só em duas ocasiões, Hitler falou em armas nucleares. 

O Führer acreditava que um dia haveria uma arma capaz de tocar fogo na terra, mas imagina que isso só aconteceria muito depois de sua morte. Cometeu suicídio em 30 de abril. Em 17 de julho, os EUA fazem o primeiro teste nuclear, em Alamogordo, no estado do Novo México. 

Apesar do sigilo que envolvia o Projeto Manhattan, espiões conseguem roubar os segredos. Em 29 de agosto de 1949, a União Soviética faz seu primeiro teste nuclear. O Reino Unido explode a bomba em 3 de outubro de 1952. A França detona a primeira arma nuclear em 13 de fevereiro de 1960. E a China entra para o clube atômico em 16 de outubro de 1964. 

Pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear, de 1968, só estas grandes potências podem ter armas nucleares. Não por coincidência são os cinco membros permanentes com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A Rússia herdou o arsenal nuclear e a vaga da URSS. 

Israel fez a primeira arma nuclear operacional em dezembro de 1966, mas não admite publicamente que tenha um arsenal atômico. A Índia e o Paquistão assumiram o status de potências nucleares com testes em maio de 1998. A África do Sul foi o primeiro e único país e fabricar e abandonar as armas nucleares, desmanteladas a partir de 1989. A Coreia do Norte fez seu primeiro teste nuclear em 2006.

Na prática, por mais terríveis que sejam, as bombas atômicas evitaram as guerras entre as grandes potência, que seriam destruição mutuamente assegurada. Mas, com o abandono de tratados de controle de armas, a China construindo novos silos para se equiparar aos EUA e à Rússia, e novas potências nucleares como a Coreia do Norte, outros países com ambições como o Irã e a guerra da Rússia contra a Ucrânia, o risco de uma guerra atômica é o maior hoje desde o fim da Guerra Fria.  

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