terça-feira, 14 de junho de 2022

Hoje na História do Mundo: 14 de Junho

LISTRAS E ESTRELAS

    Em 1777, durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775-83), o Congresso Continental aprova uma resolução definindo que a bandeira nacional terá treze listras horizontais alternando vermelho e branco, numa referência às 13 colônias que formam o país e, num canto superior, 13 estrelas brancas sobre um fundo azul

O desenho com listras é inspirado na bandeira da Grande União empunhada pelo Exército Continental em 1776, ano da declaração de independência. Quando novos estados aderem à União, são acrescentadas estrelas e listras. Em 1818, o Congresso decide que as listras voltam a ser 13 e uma estrela branca é acrescentada a cada novo estado.

O primeiro Dia da Bandeira é festejado cem anos depois da adoção da bandeira, em 14 de junho de 1877.

MOTIM NO BOUNTY

    Em 1789, o capitão William Bligh e outros 18 sobreviventes do Motim do Bounty abandonados num barco aberto à deriva sete semanas antes chegam ao Timor depois de uma viagem de 6 mil quilômetros

O Bounty levava mudas de fruta-pão a serem plantadas nas colônias britânicas no Mar do Caribe, quando a tripulação se rebela sob a liderança do imediato Fletcher Christian e toma o navio, em 28 de abril.

Bligh vai para o Reino União e volta ao Oceano Pacífico. Christian e os amotinados resolvem colonizar a Ilha de Tubuai. Com o fracasso da empreitada, o Bounty vai para o Taiti, onde 16 marinheiros quiseram ficar. São capturados pelas autoridades, levados para a Inglaterra e quatro enforcados. 

Christian, oito amotinados, seis homens taitianos, 12 mulheres taitianas e uma criança vão no Bounty para Pitcairn, uma ilha deserta a mais de 1,6 mil quilômetros a leste do Taiti. 

Em 1808, um navio baleeiro americano descobre uma comunidade liderada por John Adams, o único sobrevivente do grupo que se instalou na ilha.

O Motim do Bounty vira filme de Hollywood, com Marlon Branco no papel de Christian. Durante a filmagem, ele se apaixona por uma taitiana com quem casa.

HITLER TOMA PARIS

    Em 1940, as tropas da Alemanha de Hitler ocupam Paris durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45). 

O primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, pressiona a França a resistir dizendo que os Estados Unidos entrariam na guerra. O presidente Franklin Roosevelt congela os bens das potências do Eixo nos EUA e oferece ajuda à França, mas, a conselho do secretário de Estado, Cordell Hull, evita fazer uma declaração porque seria vista como um prelúdio de uma declaração de guerra.

Quando as tropas nazistas entram na cidade, 2 milhões de pessoas haviam fugido. Os EUA entram na guerra em 7 de dezembro de 1941, quando o Japão bombardeia a Frota Americana do Pacífico em Pearl Harbor, no Havaí. Paris é libertada em 25 de agosto de 1944, depois da Invasão da Normandia pelos aliados em 6 de junho daquele ano.

FIM DA GUERRA DAS MALVINAS

    Em 1982, depois de 10 semanas, as forças da Argentina se rendem ao Reino Unido, no fim da Guerra das Malvinas, que os britânicos chamam de Falklands. 

A ditadura militar argentina invade, em 2 de abril, as ilhas reivindicadas historicamente pela Argentina, em poder do Império Britânico desde 1833, supondo que os britânicos não iriam à guerra por "umas ilhotas", como disse o ditador Leopoldo Fortunato Galtieri.

A primeira-ministra Margaret Thatcher não deixa por menos. Manda uma força-tarefa recuperar as ilhas. Na guerra, morrem 255 britânicos e 649 argentinos. A mais sangrenta das ditaduras militares argentinas cairia no ano seguinte.

Galtieri teria prometido tomar as Malvinas para obter o apoio da Marinha, a mais poderosa das Forças Armadas argentinas, para dar um golpe dentro do golpe. Cai com a derrota. A ditadura devolve o poder aos civis em 10 de dezembro de 1983, depois da eleição de Raúl Alfonsín. 

Os nove comandantes das juntas militares que desgraçaram a Argentina foram julgados e cinco condenados, mas receberam indulto do presidente Carlos Menem (1989-99) em 1999. No governo Néstor Kirchner (2003-7), a anistia e as leis de Obediência Devida e Juízo Final são revogadas e os repressores punidos.

Nenhum comentário: