terça-feira, 13 de julho de 2021

Hoje na História do Mundo: 13 de Julho

    Em 1793, Jean-Paul Marat, um dos líderes da fase mais radical da Revolução Francesa, a fase da Convenção (1792-95), é assassinado no banho por sua amante Charlotte Corday, uma monarquista.

Marat era médico. Em 1789, funda o jornal O Amigo do Povo, que faz uma crítica feroz aos poderosos do dia. Em agosto de 1792, a revolução se radicaliza e o rei Luís XVI é preso. Marat, um jacobino, é eleito deputado da Convenção, onde faz oposição aos girondinos, republicanos moderados.

Corday, filha de um aristocrata falido que apoiava os girondinos, via Marat como um símbolo de todo o mal na França. Planejava matá-lo durante as festas de 14 de julho, aniversário da Queda da Bastilha, quatro anos antes. Quando a comemoração foi suspensa, foi até a casa de Marat e o matou.

    Em 1930, começa no Uruguai a primeira Copa do Mundo de futebol, com 13 países. Na final, em 30 de julho, no Estádio Centenário, a seleção do Uruguai, conhecida como Celeste Olímpica por ser bicampeã olímpica, venceu a Argentina por 4-2.

O Brasil perdeu por 2-1 para a Iugoslávia e ganhou de 4-0 da Bolívia, mas foi eliminado.

    Em 1943, termina em Kursk, no Oeste da Rússia, a maior batalha de tanques de história, travada entre a Alemanha nazista e a União Soviética na Segunda Guerra Mundial (1939-45)

Cerca de 6 mil tanques, 5 mil aviões e 2 milhões de soldados participaram da Batalha de Kursk, que repele a ofensiva nazista na URSS.

 A batalha começa em 5 de julho, quando 38 divisões alemãs, quase metade blindadas, atacam o Exército Vermelho. Desta vez, as forças soviéticas têm tanques melhores e mais cobertura aérea, e destroem 40% dos blindados nazistas.

O comandante militar alemão, marechal-de-campo Günther von Kluge, suspende o ataque e, em 23 de julho, os soviéticos forçam os alemães a voltar às posições anteriores. É o fim da ofensiva nazista na URSS. Em agosto, os alemães estão em retirada em toda a frente oriental. A contraofensiva do Exército Vermelho tomaria Berlim em 8 de maio de 1945, fim da guerra na Europa.

    Em 1960, a Convenção Nacional do Partido Democrata nomeia o senador John Kennedy como candidato à Casa Branca

Kennedy venceu o senador texano Lyndon Johnson, indicado no dia seguinte como candidato a vice-presidente dos Estados Unidos, e derrotaria o vice-presidente Richard Nixon, com quem travaria os primeiros debates presidenciais transmitidos pela televisão da história.

Kennedy seria o mais jovem presidente dos EUA e o primeiro católico; o segundo é Joe Biden. No seu breve governo (1961-63), houve a fracassada Invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, em abril de 1961 e a Crise dos Mísseis em Cuba, em outubro de 1962, quando o mundo esteve mais perto do que nunca de uma guerra nuclear entre os EUA e a URSS. Em agosto de 1961, a Alemanha Oriental começa a construir o Muro de Berlim.

O governo Kennedy decide enviar um homem à Lua e apoia o movimento pelos direitos civis dos negros, liderado pelo reverendo Martin Luther King Jr. Mas amplia o envolvimento de assessores militares americanos na Guerra do Vietnã (1955-75). Acaba tragicamente com a morte do presidente num atentado em Dallas, no Texas, em 22 de novembro de 1963.

    Em 1978, o presidente da companhia automobilística Ford, Henri Ford II, demite o diretor-geral Lee Iacocca depois de anos de tensão entre os dois.

Filho de imigrantes italianos, Iacocca nasce na Pensilvânia em 1924 e começa a trabalhar na Ford como engenheiro em 1946, mas logo passa ao setor de vendas e ascende à direção-geral depois de lançar o Mustang, um carro esportivo acessível que virou sucesso mundial.

Um ano depois de ser demitido pela Ford, Iacocca torna-se diretor da Chrysler, que recebe uma ajuda de US$ 1,5 bilhão do governo dos Estados Unidos para não falir, o que enfraqueceria a indústria automobilística americana, na época a maior do mundo.

Iacocca lidera a recuperação da Chrysler, que em 1984 lucra mais de US$ 2,4 bilhões. Era a década do Super-Japão, visto na época como um desafio à supremacia americana. Iacocca é uma das vozes mais eloquentes da indústria americana contra o protecionismo japonês.

    Em 2013, aparece pela primeira vez a frase "Vidas Negras Importam", que deu origem a um movimento antirracista nos Estados Unidos. Indignada com a absolvição na Flórida do vigilante George Zimmerman, que matara em 2012 o jovem Trayvon Martin, de 18 anos, Alicia Garza, residente na Califórnia, escreve no Facebook as palavras que se tornam o novo lema da luta contra o racismo.

Garza sofre de "uma tristeza profunda". Está mais revoltada ainda porque muitos culpam a vítima e não o flagelo do racismo. Um amigo, Patrice Cullors, líder comunitário em Los Angeles, respondeu com a hashtag #BlackLivesMatter (VidasNegrasImportam), que logo viralizou nas redes sociais.

Quando Michael Brown foi morto em Ferguson, no Missouri, em 2014, o movimento saiu às ruas. No início, a maioria dos americanos considerava o movimento radical, mas com o tempo sua ideia central foi aceita como uma defesa do direito à vida.

Depois do assassinato de George Floyd, em 25 de maio de 2020 o apoio subiu rapidamente em duas semanas nos EUA e o que se viu pelo mundo inteiro foram passeatas de negros, brancos e gente de todas as origens marchando junto contra o racismo e a violência policial contra minorias.

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