domingo, 15 de outubro de 2017

Últimos terroristas sírios deixam a capital do Estado Islâmico

É o colapso total do califado. Com base num acordo fechado no sábado, cerca de 200 milicianos sírios abandonaram Rakka. A capital da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante caiu. Uns 300 voluntários estrangeiros aguardam ansiosamente seu destino. Restam ainda na cidade cerca de 400 civis usados como escudos humanos, noticiou a Agência France Presse (AFP).

O Conselho Civil de Rakka promete retirar os civis da cidade. Mais de 90% da cidade arrasada estão em poder das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda financiada, armada e treinada pelos Estados Unidos, que deram cobertura aérea na batalha com sua coalizão de 68 países.

Como os jihadistas estrangeiros não foram autorizados a deixar a cidade pela aliança liderada pelos EUA, o diretor do conselho civil, Omar Allouche, prevê "combates difíceis nos próximos dias". Os estrangeiros têm a opção de se render, mas querem ir para redutos do Estado Islâmico na província de Deir el-Zur. Seus países de origem não os querem de volta com medo de ações terroristas.

Pouco mais de três anos depois de junho de 2014, quando o Estado Islâmico tomou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, e proclamou a fundação de um califado com jurisdição universal, seu projeto de Estado morre com a queda de sua capital, Rakka.

O califado chegou a ter uma população estimada em 8 a 10 milhões de pessoas, uma área do tamanho da Grã-Bretanha e uma arrecadação mensal de US$ 90 milhões. Sua violência sem limites provocou reações das grandes potências.

Diante do genocídio do povo yazidi e da degola de americanos, em agosto de 2014, o presidente Barack Obama colocou os EUA na guerra contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Em 30 de setembro de 2015, a Força Aérea da Rússia entrou na guerra civil da Síria. A pretexto de combater o terrorismo, Moscou evitou a queda da ditadura da Bachar Assad, bombardeando o Estado Islâmico onde ele enfrenta o regime sírio.

Sob bombardeio das duas mais poderosas forças aéreas do planeta, o Estado Islâmico não poderia resistir. Volta a ser apenas um grupo terrorista clandestino.

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