segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Puigdemont pede dois meses para diálogo com a Espanha

Mais uma vez, o governador regional Carles Puigdemont foi ambíguo sobre a independência da Catalunha. Sob pressão da Espanha para definir até quinta-feira se declarou ou não a independência, ele pediu dois meses para negociar.

Em cartas trocadas hoje, o líder catalão e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, propõem o diálogo, mas nenhum parece disposto a ceder, informou o jornal El País, de Madri.

Rajoy está disposto a receber Puigdemont para discutir dentro dos marcos legais existentes hoje, a Constituição da Espanha e o Estatuto de Autonomia da Catalunha. Antes, quer saber se o líder catalão declarou independência ou não.

Por outro lado, Puigdemont se equilibra entre um movimento pela independência minoritário que tem pressa e a impossibilidade de entrar em choque frontal com o governo central espanhol. Em sua carta, ele fala em nome da "maioria dos catalães", que teriam se manifestado a favor de "um país independente".

Para Rajoy, o plebiscito foi ilegal. Além do mais, só votaram 42,3%. Então, do total de eleitores catalães, apenas 38% aprovaram a independência. Isso reforça o argumento de que o movimento é minoritário.

Sem disposição para ceder, o primeiro-ministro está pronto para acionar o artigo 155 da Constituição para suspender a autonomia da Catalunha a partir de sexta-feira.

Diante da ordem de prisão de dois ativistas do movimento pela independência, Jordi Cuixart, da Assembleia Nacional Catalã, e Jordi Sánchez, da Òmnium, Puigdemont declarou à noite que "agora a Espanha tem presos políticos".

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