sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Alto comando do Estado Islâmico foge para enclave perto de Israel

Com a destruição do califado no Norte da Síria e no Iraque, vários altos comandantes da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante se reagruparam no Sul da Síria, perto da fronteira de Israel nas Colinas do Golã, ocupadas na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexadas em 1981, noticiou o Canal 2 da televisão israelense.

O Estado Islâmico montou um centro de treinamento com cerca de 300 jovens recrutados entre a população local. Entre os comandantes, está Abu Hamam Jazrawi, um dos principais responsáveis pelo recrutamento de novos voluntários para a "guerra santa" e o martírio.

A base também está sendo usada para as campanhas de propaganda do Estado Islâmico na Internet, antes centralizadas em Rakka, na Síria, o capital do califado, praticamente tomada pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda financiada, armada e treinada pelos Estados Unidos.

Desde o início da guerra civil na Síria, em março de 2011, Israel promete impedir grupos extremistas muçulmanos de montar bases perto de suas fronteiras.

Em novembro do ano passado, o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu reafirmou que "Israel não vai permitir que o Estado Islâmico ou qualquer outro inimigo, sob a cobertura da guerra na Síria, se estabeleça perto das nossas fronteiras."

Naquela época, houve o primeiro confronto direto entre o Estado Islâmico e as Forças de Defesa de Israel, uma troca de tiros ao longo das Colinas do Golã seguida de um bombardeio aéreo que matou quatro milicianos.

Duas milícias extremistas muçulmanas tem há anos bases na Síria perto da fronteira com Israel: o Exército de Khaled ibn al-Walid, ligado do Estado Islâmico; e Jabhat Fatah al-Sham (Frente de Combate do Levante), a antiga Frente al-Nusra, afiliada à rede terrorista al Caeda.

Apesar da relativa tolerância, Israel está atento. Respondeu a todos os ataques que extravazaram as fronteiras sírias durante a guerra civil. Está preparado para reagir a quaisquer ataques através das fronteiras.

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