sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Total de mortos em atentados na Catalunha sobe para 14

Com a morte de uma mulher atropelada na cidade balneária de Cambrils, subiu hoje para 14 o número total de mortos nos atentados terroristas na Catalunha, uma região autônoma da Espanha. 

A polícia acredita que célula terrorista responsável pelos ataques tinha 12 membros: cinco morreram em Cambrils, quatro estão presos e três continuam foragidos. O principal alvo agora é Moussa Oukabir, que alugou o veículo usado em Barcelona.

Entre os 14 mortos e mais de 100 feridos, há pessoas de 34 nacionalidades. Isso mostra a diversidade das pessoas que estavam na Rambla, a avenida mais famosa de Barcelona e da Espanha, com uma grande área de pedestres que vai da Praça da Catalunha até o porto, onde uma estátua de Cristóvão Colombo saúda a Descoberta da América.

Por ali, o terrorista dirigiu em ziguezague a 80 quilômetros por hora durante 550 metros, da Praça da Catalunha até a altura do Teatro do Liceu, atropelando e matando.

Como os dois atentados foram coordenados, e a explosão numa casa horas seria uma tentativa de armar uma bomba, havia uma célula terrorista criada ou inspirada pela milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante no coração da Catalunha.

Na opinião do professor Fawas Gerges, especialista em Oriente Médio da London School of Economics e autor de uma história do Estado Islâmico, é uma nova estratégia da organização infiltrar células terroristas em grandes cidades no momento em que é derrotada nos campos de batalha do Iraque e da Síria.

Se o Califado proclamado há três anos pelo líder Abu Baker al-Baghdadi, o Califa Ibrahim, praticamente desapareceu e ele fugiu, os atentados terroristas em grandes cidades tem ampla visibilidade e repercussão internacional, permitindo ao Estado Islâmico recrutar a inspirar novos voluntários para o martírio por esta seita apocalíptica.

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