quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Catar restabelece relações plenas com o Irã

Numa medida que deve irritar ainda mais a Arábia Saudita e as outras monarquias petroleiras do Oriente Médio, o Catar restabeleceu hoje relações diplomáticas plenas com o Irã. O Ministério do Exterior catarino anunciou o envio de um embaixador a Teerã depois de um ano e dez meses.

O Catar havia retirado seu embaixador de Teerã em janeiro de 2016 em resposta a ataques contra instalações diplomáticas sauditas no Irã. A retirada do embaixador é o último passo antes do rompimento total

Não houve explicação oficial para o reatamento. É uma retaliação ao boicote ao Catar declarado em junho pela Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, sob a alegação de que o Catar apoia o terrorismo e é próximo do Irã, o arqui-inimigo das monarquias petroleiras sunitas do Golfo Pérsico.

Esses países cortaram as ligações com o Catar por terra, mar e ar. A Alemanha, os Estados Unidos e o Kuwait tentaram intermediar um acordo, sem sucesso. O Catar rejeitou as 13 exigências dos vizinhos, que incluíam uma ruptura total com o Irã e o fechamento do canal de telejornalismo Al Jazira.

A crise se agravou com a visita de um membro do ramo da família real do Catar derrubado num golpe de Estado em 1972 à mansão do sultão da Arábia Saudita perto de Tânger, no Marrocos. O encontro foi visto como um possível desafio aos atuais governantes catarinos.

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