sexta-feira, 28 de julho de 2017

Senado dos EUA derrota mais uma vez rejeição ao Obamacare

Por 51 a 49, com voto decisivo do senador John McCain, o Senado dos Estados Unidos rejeitou mais uma vez a proposta do Partido Republicano e do presidente Donald Trump para revogar a Lei de Cobertura de Saúde Acessível, a principal conquista de política interna do governo Barack Obama.

"É hora de olhar para os colegas do outro lado do plenário e ouvir o que tem a dizer", admitiu o líder da maioria republicana, senador Mitch McConnell, reconhecendo a derrota e pedindo à bancada do Partido Democrata que apresente suas propostas para melhorar o sistema de saúde.

Estava em votação hoje a chamada "rejeição magrinha", limitada ao fim da obrigação de ter seguro-saúde, de empresas de certo porte financiarem a cobertura de seus funcionários e de planos de saúde não poderem excluir doenças preexistentes.

Se os planos de saúde puderem excluir doenças preexistentes, quem tiver essas doenças terá prêmios de seguro-saúde altíssimos e provavelmente deixará de ter cobertura. O programa de Obama visava a dar cobertura universal de saúde. A proposta rejeitada deixaria 15 milhões sem seguro-saúde em dez anos, alertou o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, um órgão bipartidário.

O projeto volta agora para uma comissão, onde poderá ser reescrito. "Vamos virar a página e trabalhar juntos para melhorar nosso sistema de saúde", diz agora o líder da minoria, senador Charles Schumer.

McCain deu o voto decisivo. Veterano da Guerra do Vietnã, onde ficou preso durante cinco anos e meio, ele foi candidato à Casa Branca derrotado por Obama em 2008 e enfrenta uma nova batalha contra um câncer de cérebro agressivo diagnosticado há pouco.

Durante a campanha, Trump o atacou pessoalmente, afirmando que "verdadeiros heróis não vão presos". Devem vir aí novos disparos no Twitter.

Nenhum comentário: