domingo, 9 de julho de 2017

Iraque anuncia vitória contra Estado Islâmico na Batalha de Mossul

Depois de três anos e dez dias da proclamação de um califado e de nove meses de batalha, o primeiro-ministro Haider al-Abadi anunciou hoje a libertação de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, que estava em poder da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante desde 10 de junho de 2014.

Em uniforme militar, Abadi percorreu as ruas da cidade, arrasada no fim de uma batalha que deixou milhares de mortos e levou um milhão de pessoas a fugir de casa. O Exército do Iraque e milícias aliadas ainda devem ser alvo de ataques nas próximas semanas. Mas a Cidade Velha, onde o Estado Islâmico ofereceu feroz resistência, caiu sob controle governamental.

O Estado Islâmico tomou Mossul em menos de 48 horas, em 10 de junho de 2014. No fim daquele mês, seu líder, Abu Baker al-Baghdadi, proclamou um califado, um império do terror com jurisdição sobre o mundo inteiro.

Quando o Exército do Iraque e milícias aliadas entraram na cidade com o apoio das forças aéreas de 68 países lideradas pelos Estados Unidos, em meados de novembro de 2016, o Estado Islâmico tinha cerca de 100 mil milicianos em Mossul.

Os iraquianos tomaram primeiro o Leste da Cidade, depois os bairros do Oeste e terminaram cercando os últimos jihadistas na Cidade Velha, junto ao Rio Tigre. Cerca de 300 franco-atiradores do Estado Islâmico ainda representam uma ameaça.

A queda de Mossul, no Iraque, e de Rakka, na Síria, onde a batalha ainda está em andamento, acaba na prática com o Estado Islâmico, que regride e passa a ser apenas um grupo terrorista clandestino. Isso não o torna menos perigoso, especialmente para os países ocidentais e para as regiões liberadas.

Nos últimos meses, o Estado Islâmico lançou 1.468 ataques contra 16 cidades e regiões liberadas na Síria e no Iraque.

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