segunda-feira, 12 de junho de 2017

Procuradores-gerais processam Trump por conflito de interesses

CAMBRIDGE-MA, EUA - Os procuradores-gerais do Distrito de Colúmbia, onde fica Washington, a capital dos Estados Unidos, e do estado de Maryland entram hoje na Justiça com uma ação acusando o presidente Donald Trump de violar a Constituição ao permitir que suas empresas aceitem pagamentos de governos estrangeiros, revelou ontem o jornal The Washington Post.

Karl Racine, do DC, e Brian Frosh, de Maryland, ambos democratas, atacam a decisão de Trump de manter o controle de suas empresas depois de assumir a Presidência. Os negócios estão sob a direção de seus dois filhos mais velhos, mas os procuradores argumentam que Trump recebe regularmente boletins financeiros.

"Este caso, no seu cerne, é sobre residentes de Maryland, do DC e todos os americanos terem um governo honesto. As cláusulas exigem que o presidente ponha o país em primeiro lugar e não seus próprios interesses pessoais", declarou Frosh.

Racine alegou ter sido obrigado a agir porque o Congresso, dominado pelo Partido Republicano, não leva a sério os conflitos de interesse do presidente: "Estamos iniciando esta ação porque o presidente não deu os passes necessários para se separar de seus negócios."

Um dos problemas foi a abertura, no ano passado, do Hotel Trump International perto da Casa Branca. A embaixada do Kuwait mudou para lá um evento inicialmente marcado para o Hotel Four Seasons. Em abril, o embaixador da ex-república soviética da Geórgia ficou no hotel e agradeceu pelo Twitter.

Desde que virou presidente, o próprio Trump apareceu várias vezes para saudar seus hóspedes. Assim, o hotel está tirando negócios do Centro de Convenções de Washington, que é público, e de outro em Maryland subsidiado pelos contribuintes.

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