sexta-feira, 26 de maio de 2017

Terroristas matam 29 cristãos em ataque a ônibus no Egito

Pelo menos 29 cristãos coptas foram mortos hoje no Egito num ataque terrorista a um ônibus quando iam para um mosteiro na província de Mínia, no Centro do país, noticiou o jornal egípcio Al Ahram.  Nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado. A maior suspeita é a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e Levante, que prometeu intensificar suas ações. 

No Domingo de Ramos, 9 de abril de 2017, ataques a duas igrejas cristãs mataram 45 pessoas e o Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela ação. Depois desses atentados, o ditador Abdel Fattah al-Sissi decretou estado de emergência por três meses. Agora, convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional para esta noite.

Hoje, o ônibus foi cercado por três veículos utilitários esportivos de onde saíram atiradores que metralharam os fiéis que não renegaram o cristianismo. Outras 24 pessoas saíram feridas.

A Província do Sinai do Estado Islâmico é um grupo extremista muçulmano egípcio que aderiu à organização terrorista. Em 31 de outubro de 2015, um mês depois que a Rússia entrou na guerra civil da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, um avião da companhia aérea russa Metrojet foi derrubado na Península do Sinai e todas as 224 pessoas a bordo morreram. A Província do Sinai do Estado Islâmico reivindicou a autoria.

Os cristãos coptas são cerca de 10% da população do Egito, estimada em 92 milhões de habitantes. É o maior grupo cristão do Oriente Médio, onde todos os cristãos são alvos frequentes de jihadistas.

Durante o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anteontem no Vaticano, o papa Francisco se queixou do massacre e da expulsão de cristãos do Oriente Médio. Quase 2 mil anos depois da crucificação de Jesus Cristo, os cristãos estão sendo expulsos da região, berço de três das cinco grandes religiões da humanidade (judaísmo, cristianismo e islamismo).

Em retaliação ao ataque ao ônibus, a Força Aérea do Egito bombardeou bases e centros de treinamento de um grupo jihadista ligado à rede terrorista Al Caeda na cidade de Derna, na vizinha Líbia.

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