sexta-feira, 19 de maio de 2017

Suécia abandona acusação de crimes sexuais contra Assange

Seis meses depois de entrevistar o anarquista australiano Julian Assange na embaixada do Equador em Londres, onde ele estava refugiado, a Procuradoria da Suécia decidiu arquivar o inquérito sobre crimes sexuais supostamente cometidos por ele. Mas as autoridades britânicas advertem que ele pode ser preso por violar os termos de sua liberdade condicional.

Assange era suspeito desde 2010 de ter cometido estupro e outros crimes sexuais na Suécia. Como fundador do sítio de vazamento de documentos de governos e grandes empresas WikiLeaks, ele divulgou provas de crimes de guerra e centenas de milhares de documentos dos departamentos de Estado e da Defesa dos Estados Unidos.

Como temia ser extraditado para a Suécia e de lá para os EUA, depois de perder vários recursos contra o mandado de prisão pan-europeu emitido pela procuradoria sueca, em maio de 2012, Assange se refugiu na Embaixada do Equador no Reino Unido.

Entre seus múltiplos desafios, Assange declarou que aceitaria ser julgado pela Justiça dos EUA se o soldado Bradley Manning, preso por roubar os arquivos secretos, fosse libertado. No fim de seu governo, o presidente Barack Obama reduziu a pena de Chelsea Manning, seu novo nome depois que mudou de um tratamento para mudar de sexo. Ela foi solta nesta semana.

Recentemente, o WikiLeaks ajudou a divulgar documentos pirateados pela Rússia para prejudicar as candidaturas de Hillary Clinton, nos EUA, e Emmanuel Macron, na França.

Na sacada da embaixada equatoriana, hoje Assange fez pose de vencedor: "A guerra propriamente dita está apenas começando."


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