quarta-feira, 15 de março de 2017

Governo da Holanda derrota partido neonazista

O primeiro-ministro democrata-cristão, Mark Rutte venceu as eleições parlamentares na Holanda, afastando a possibilidade de que o líder neonazista Geert Wilders governe o país nos próximos anos. É uma derrota do ultranacionalismo que levou os britânicos a aprovar a saída do Reino Unido da União Europeia e os Estados Unidos a eleger o bilionário Donald Trump para a Casa Branca.

Com 28 partidos disputando as eleições, o vencedor VVD (Partido Popular para Liberdade e Democracia) teve, de acordo com as pesquisas de boca de urna, cerca de 20% dos votos e deve conquistar 31 cadeiras no Parlamento, de 150 deputados. A participação do eleitorado superou 80%.

Na pesquisa, três partidos ficaram empatados em terceiro lugar, cada um com 13 cadeiras. Entre eles, está o Partido da Liberdade, da extrema direita e anti-imigrantes, liderado por Wilders, que prometeu banir o islamismo da Holanda e retirar o país da UE. A ultradireita acabou ficando em segundo.

Rutte, no poder desde outubro de 2010, ganhou prestígio nos últimos dias ao barrar a entrada no país de ministros da Turquia que pretendiam participar de comícios para o plebiscito feito sob medida para dar poderes ditatoriais ao presidente Recep Tayyip Erdogan.

Ao impedir que um autocrata muçulmano e a ultradireita transformassem a Holanda, país com a mais longa tradição liberal na Europa, num campo de batalha, o primeiro-ministro reafirmou suas credenciais como um homem firme e decidido capaz de garantir as liberdades públicas que seus cidadãos tanto prezam.

O grande derrotado foi o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, um parceiro menor na coalizão de governo, que caiu de 38 para apenas nove cadeiras no novo Parlamento. A esquerda está sendo destruída pelo líder trabalhista Jeremy Corbyn no Reino Unido e não deve chegar ao segundo turno da eleição presidencial da França, mas na Alemanha o candidato social-democrata Martin Schulz mostra-se um candidato à altura da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel.

A próxima batalha contra o populismo neofascista na Europa será na eleição presidencial da França. O primeiro turno será realizado em 23 de abril e a líder da ultranacionalista Frente Nacional, Marine Le Pen, deve chegar ao segundo turno. De acordo com as pesquisas, ela será derrotada.

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