terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Governo do México promete medidas para conter alta de preços

O México estuda meios para o impacto da inflação nos preços ao consumidor, revelou o presidente Enrique Peña Nieto, citado pela agência de notícias Forbes. As medidas concretas ainda não foram anunciadas. Têm pouca chance com a expectativa de alta do dólar e de políticas hostis do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro de 2017.

Uma proposta em discussão é dar algum tipo de subsídio a produtos da cesta básica, especialmente alimentos. No passado, o México impôs controles de preços. Como no caso brasileiro e de outros países da América Latina, eles foram insuficientes para conter a inflação.

Sob pressão de Trump, que ameaça sobretaxar produtos de empresas americanas fabricados no exterior, o peso mexicano está em queda em relação ao dólar. A tendência é de uma depreciação ainda maior até o fim do ano.

Com o peso no seu menor nível histórico, a 22 por dólar em tendência de queda, é improvável que os controles de preços funcionem. A margem de lucro dos agricultores mexicanos seria espremida, reduzindo a atividade numa economia com expectativa de desaceleração em 2017.

As altas de preços, a começar pelos combustíveis, apesar do país ser um grande produtor de petróleo, já deflagraram uma onda de manifestações. O gasolinaço elevou os preços em 20%. Pelo menos seis pessoas morreram nos protestos e mais de mil foram presas.

Com a esperada hostilidade de Trump e suas promessas de renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e de construir um muro na fronteira entre os dois países, crescem as chances do ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, um populista de esquerda, nas eleições presidenciais de 2018.

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