quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Trump nomeia inimigo da China para comércio exterior

Em mais um sinal de que deve jogar duro com a China, o presidente eleito Donald Trump indicou ontem Peter Navarro para presidente do Conselho Nacional de Comércio dos Estados Unidos. Navarro acusa a China de guerra econômica contra os EUA.

Mais tarde, Trump apontou o investidor bilionário Carl Icahn como assessor especial para desregulamentação sem um cargo formal nem salário. Durante a campanha, o candidato republicano prometeu acabar com 90% das normas federais que afetam a geração de emprego. A nomeação está sendo criticada porque, como megainvestidor, Icahn pode se beneficiar das desregulamentações que promover.

Para o jornal The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Wall Street, em Nova York, as nomeações sugerem que a política econômica de Trump será um misto de valores tradicionais do Partido Republicano, como desregulamentação e cortes de impostos, com uma abordagem mais populista em comércio, indústria e imigração.

Ao justificar a indicação de Navarro, Trump afirmou que ele foi "presciente ao documentar os danos infligidos pelo globalismo aos trabalhadores americanos e mostrou o caminho para restaurar nossa classe média."

Navarro é autor de vários livros críticos do regime comunista chinês e sua estratégia de desenvolvimento econômico como As Próximas Guerra da China e Morte pela China: confrontando o dragão - uma convocação global à ação.

"O que temos em comum é uma profunda compreensão de que o problema estrutural chave da economia americana é o comércio", declarou Navarro em entrevista antes da eleição de 8 de novembro de 2016.

Trump provocou a China ao telefonar para a presidente da Taiwan, Tsai Ing-wen, que Beijim considera uma província rebelde, contrariando a política de que "só existe uma China", representada pelo regime comunista no poder desde 1949.

Com seu discurso em defesa dos trabalhadores sem curso superior, Trump atraiu a simpatia dos sindicatos. "No passado, a política comercial foi usada como instrumento de política externa pelo Conselho de Segurança Nacional e não como instrumento para promover a produção doméstica e a geração de empregos", afirmou o presidente do sindicato Metalúrgicos Unidos, Leo Gerard.

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