domingo, 18 de dezembro de 2016

Estado Islâmico reivindica ataque com 48 mortos no Iêmen

Um terrorista suicida disfarçado como deficiente detonou hoje os explosivos que trazia junto ao corpo no meio de uma fila de recrutas do Exército do Iêmen no porto de Áden, a segunda maior cidade iemenita e sede do governo reconhecido internacionalmente, informou o jornal The New York Times. Pelo menos 48 pessoas morreram e outras 84 saíram feridas.

Foi o segundo grande ataque terrorista do Estado Islâmico no país desde o início do mês, sinal de que o governo não consegue garantir a segurança das regiões sob seu controle. Em 10 de dezembro, outro atentado contra a mesma base militar deixou 57 mortos

A capital, Saná, foi tomada pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, em setembro de 2014.

A Arábia Saudita, que disputa a liderança regional do Oriente Médio com o Irã, recebeu o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, e intervém na guerra civil iemenita desde 25 de março de 2015.

O Iêmen está dividido. Os hutis e unidades militares que os apoiam dominam o Noroeste do país, enquanto o governo reconhecido internacionalmente contra o Sul e o Leste.

Os terroristas do Estado Islâmico aproveitam a situação caótica para realizar ações terroristas. Inicialmente seus alvos eram os hutis, que o grupo considera traidores do Islã. Ultimamente passaram a atacar o governo sunita aliado dos sauditas.

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