quarta-feira, 9 de novembro de 2016

New York Times considera mais provável a vitória de Trump

Com desempenho superior ao previsto nas pesquisas, o candidato do Partido Republicano, Donald Trump, tem agora 95% de chance de vencer a eleição presidencial nos Estados Unidos, prevê o jornal The New York Times em seu barômetro eleitoral.

Trump está tendo bom desempenho em todos os estados decisivos, aqueles onde qualquer um dos grandes partidos pode ganhar. O magnata imobiliário acaba de vencer em Ohio, um estado essencial para um republicano conquistar a Casa Branca. Está perto da vitória na Flórida e lidera em Michigan, Novo Hampshire e Wisconsin,

A candidata democrata Hillary Clinton assumiu há pouco a liderança na Virgínia e ganhou neste estado. Uma derrota no estado que seu vice, Tim Kaine, representa no Senado e onde foi governador, seria humilhante para os democratas. O presidente Barack Obama ganhou suas duas eleições presidenciais na Virgínia, um estado tradicionalmente republicano.

Mesmo que não vença, Trump será o melhor candidato republicano nas últimas três eleições. Com seu discurso nacionalista rastaquera, antiglobalização, protecionista e racista, o bilionário conseguiu galvanizar o mal-estar do eleitorado insatisfeito com a globalização e com os políticos tradicionais.

Embora tenha se aproveitado dos furos do sistema para enriquecer, não pagar impostos e explorar empresas e trabalhadores, Trump se apresenta como o candidato antissistema capaz de revigorar a economia dos EUA e reindustrializar o país, como se fosse possível trazer de volta empregos que migraram para países com salários muito mais baixos, com China, Coreia do Sul, Indonésia e Vietnã.

Uma possível vitória de Trump já abala os mercados, com queda do dólar e de 500 pontos no mercado futuro da Bolsa de Nova York, e alta do iene japonês, dos títulos da dívida pública dos EUA e do ouro - tradicionais refúgios quando há fuga para ativos seguros.

O peso mexicano caiu 12% por causa da promessa do republicano de renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). É a maior baixa desde a megadesvalorização de dezembro de 1994.

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