segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Fillon venceria primeiro turno hoje na França, indica pesquisa

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, candidato do partido de centro-direita Os Republicanos venceria hoje o primeiro turno da eleição presidencial na França, batendo a líder da Frente Nacional, de ultradireita, Marine Le Pen, indicou uma pesquisa do instituto Harris Interactive divulgada ontem.

A vantagem é pequena, dentro da margem de erro da pesquisa. Fillon teve 26% das preferências contra 24% para Marine. Ambos ficaram muito à frente do candidato do Partido Socialista. Tanto o presidente François Hollande quanto o primeiro-ministro Manuel Valls ficaram com 9%.

Fillon foi escolhido ontem. Ele venceu o ex-primeiro-ministro Alain Juppé por ampla vantagem, de 66,5% a 33,5%, na eleição primária da centro-direita, que pela primeira vez foi aberta a todos os franceses e não apenas aos filiados ao partido gaulista, herdeiro da tradição política do general Charles de Gaulle, o governador da França no exílio durante a Segunda Guerra Mundial.

Com De Gaulle (1958-69), Georges Pompidou (1969-74), Jacques Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-12), é o partido que ficou mais tempo no poder na 5ª República.

O PS convocou uma eleição primária para legitimar a candidatura do presidente Hollande. Com sua popularidade abaixo de 10%, o presidente da Assembleia Nacional, Claude Bortolone, defendeu a ampliação da primária, com a participação do primeiro-ministro Valls, do ex-ministro da Economia Emmanuel Macron e até mesmo do líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, que no fim de semana recebeu o apoio do Partido Comunista Francês (PCF).

A primária da esquerda será realizada em 22 e 29 de janeiro. A esperança é que produza uma candidatura competitiva para a esquerda não ficar fora do segundo turno da eleição presidencial, marcada para 23 de abril e 7 de maio de 2017.

No fim de semana, Valls manifestou a intenção de ser candidato e criticou Hollande. Como não foi demitido hoje, o presidente começa a aceitar a possibilidade de não ser candidato à reeleição.

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