quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Colômbia e FARC assinam acordo de paz revisado

O presidente Juan Manuel Santos e o líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Rodrigo Londoño, assinaram há pouco no Teatro Colón, em Bogotá, um acordo de paz revisado, depois que o primeiro texto foi rejeitado num referendo realizado em 2 de outubro de 2016.

A paz põe fim a um conflito de 52 anos, que tem sua origem na década de violência deflagrada pelo assassinato, em 9 de abril de 1948, do advogado Jorge Eliécer Gaitán, candidato do Partido Liberal à presidência.

Desta vez, o acordo deverá ser ratificado pelo Congresso, onde o governo Santos tem maioria, sem nova consulta popular. O grande adversário do acordo, o ex-presidente e atual senador Álvaro Uribe, insiste na convocação de novo referendo.

Uribe rejeita a cláusula do acordo que garante 5% das vagas na Câmara e no Senado nas duas próximas eleições independentemente do resulado nas urnas.

Santos ganhou o Prêmio Nobel da Paz, apesar da rejeição do acordo inicial no referendo. O comitê norueguês do Nobel declarou que seria mais um incentivo à paz. Pelo menos 220 mil pessoas morreram no conflito entre o governo e as FARC, maior grupo guerrilheiro de esquerda da Colômbia.

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