quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Trump doou a campanhas de procuradores de casos de seu interesse

Ao longo de sua carreira, o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, deu contribuições de campanha a candidatos a procuradores-gerais estaduais que poderiam tomar decisões que afetassem seus negócios, revelou o jornal americano The Wall Street Journal. Nos EUA, juízes, promotores e procuradores são eleitos diretamente.

O caso mais recente foi da procuradora-geral da Flórida, Pam Bondi, que investiga possíveis fraudes na Universidade Trump. Mas não foi a primeira vez. Um histórico revela que ele, a família e sócios contribuíram especialmente para candidatos a procurador-geral do estado de Nova York, sede das Organizações Trump, de Robert Abrams, nos anos 1980s, até o atual, Eric Schneiderman.

Há dois dias, o procurador-geral de Nova York proibiu a Fundação Trump de arrecadar dinheiro no estado por não estar legalmente habilitada a fazer isso.

A campanha de Trump o apresenta como um empresário independente e bem-sucedido, distante dos "interesses especiais" de um sistema político que considera "corrompido". De 2001 a 2014, Trump doou US$ 140 mil dólares a uma dúzia de pessoas. Não há dados disponíveis anteriores a 2001.

"Ele sempre fez doações a políticos durante toda a carreira e acredita que o sistema é falido", alegou Alan Garten, conselheiro-geral da Organização Trump.

Poucas semanas atrás, Trump pagou multa de US$ 2.500 à Receita Federal dos EUA por ter dado uma doação de US$ 25 mil à procuradora-geral da Flórida paga pela Fundação Trump, que não poderia fazer isso como uma entidade não lucrativa.

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