sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Líder republicano desiste de evento após escândalo sexual de Trump

Horas depois da divulgação de um vídeo de 2005 revelado pelo jornal The Washington Post em que o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que basta ser famoso para poder bolinar e manter relações sexuais com mulheres, o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, desistiu de participar de um evento da campanha de Trump por causa do comportamento "obsceno".

Ryan, o republicano com mais alto cargo na política americana, deveria aparecer ao lado de Trump hoje num festival em seu distrito no estado de Wisconsin. No fim da tarde, divulgou nota avisando que não irá mais.

"Estou repugnado com o que ouvi hoje", afirmou o presidente da Câmara. "As mulheres devem ser valorizadas e reverenciadas, não vistas como objetos. Espero que o Sr. Trump trate esta situação com a seriedade que merece e trabalhe para demonstrar ao país que ele tem mais respeito pelas mulheres do que este vídeo indica."

Os repórteres ficaram de plantão hoje à noite na Torre Trump, em Nova York, à espera de uma declaração oficial do candidato pedindo desculpas.

Em vídeo, por volta da meia-noite, o magnata imobiliário admitiu que nunca foi "um homem perfeito. Trump reconheceu que estava errado e pediu desculpas, mas tentou se safar. Alegou que "aquilo foi há mais de dez anos", que agora é outro homem e que a campanha deve se concentrar nas questões importantes para os americanos.

A seguir, Trump afirmou que o ex-presidente Bill Clinton teve casos muito piores e acusou sua adversária, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, de atacar, intimidar e humilhar as vítimas.

Em entrevista à rede de televisão americana CNN, o deputado federal republicano Jason Chaffet declarou que não votará em Hillary de jeito nenhum, mas não pode votar em Trump. Ele defendeu a substituição de Trump pelo candidato a vice, o governador de Indiana, Mike Pence, que teve bom desempenho no debate dessa semana.


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