domingo, 25 de setembro de 2016

Presidente do Peru critica inação da Unasul na crise da Venezuela

O novo presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, criticou ontem a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) por sua incapacidade de negociar uma solução para a "crise humanitária" na Venezuela.

Durante uma parada militar comemorativa do Dia das Forças Armadas do Peru, Kuczynski anunciou que vai tratar do assunto quando se encontrar com outros presidentes da região amanhã em Cartagena, na Colômbia, durante a assinatura de um acordo de paz histórico entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano.

Kuczynski vai falar sobre a crise venezuelana com os presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos; do México, Enrique Peña Nieto; e do Chile, Michelle Bachelet; entre outros líderes: "Temos uma crise na região com a situação na Venezuela. Espero que possamos promover uma transição ordeira nos próximos meses ou pelo menos até 2019, com a colaboração destes chefes de Estado."

Com as crises política e econômica, acrescentou o presidente peruano, "há também uma crise humanitária a ser resolvida porque não há nem comida nem medicamentos".

A oposição venezuela apostou no referendo revogatório para tirar o poder legalmente o catastrófico presidente Nicolás Maduro, mas, na semana passada, o Conselho Nacional Eleitoral, dominado pelo regime chavista, indicou que a consulta popular só poderá ser efetuada "em meados do primeiro trimestre de 2017". Se o referendo for realizado depois de 10 de janeiro, não haverá eleição presidencial; assume o vice-presidente, nomeado por Maduro.

No poder desde 28 de julho de 2016, Kuczynski confirmou as presenças dos presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Barack Obama, na 24ª reunião de cúpula do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífica (APEC), a ser realizada em Lima em 19 e 20 de dezembro.

Obama quer visitar as ruínas de Machu Picchu, a cidade inca mais preserva, nos Andes peruanos.

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