segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Extrema direita avança em eleições estaduais na Alemanha

O partido anti-imigrantes Alternativa para a Alemanha (AfD) tornou-se o primeiro a vencer a União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, pela direita. Nas eleições de domingo no estado de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, a AfD obteve 20,8% dos votos contra 19% para a CDU.

A vitória ficou com o Partido Social-Democrata (SPD), com queda de 35,6% para 30,6% em relação às eleições anteriores no estado da antiga Alemanha Oriental, que tem o menor eleitorado do país, apenas cerca de 1,6 milhão de eleitores. O SPD deve manter a grande aliança com a CDU que já domina o governo federal alemão.

Com apenas três anos de idade, o desempenho da AfD típico do voto de protesto: roubou votos de todos os partidos da ultradireita à extrema esquerda e mobilizou mais eleitores, diminuindo a abstenção.

A maior consolação foi que o Partido Nacional da Alemanha, de inspiração neonazista, não atingiu o mínimo de 5% dos votos e ficou fora de Assembleia Legislativa de Meclemburgo-Pomerânia Ocidental. Os Verdes também não superaram a cláusula de barreira.

"Daqui para a frente, a Alemanha tem o que não tinha desde o fim da Segunda Guerra Mundial", em 1945, lamentou o jornal Die Welt.

O estado recebeu apenas 23 mil refugiados. Mesmo assim, o tema central foi a rejeição à política braços abertos para refugiados adotada por Merkel, que resolveu honrar a tradição alemã e europeia de oferecer asilo a refugiados. Esse repúdio não deve mudar antes das eleições federais de 2017.

Um comentário:

pvnam disse...
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