sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Anistia acusa Sudão de usar armas químicas em Darfur

O governo islamista do Sudão usou armas químicas dezenas de vezes desde o início de 2016 em ataques contra os rebeldes da província de Darfur, matando centenas de civis, denunciou ontem a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, citada pela televisão pública britânica BBC.

Num relatório que inclui imagens de satélites, fotografias e depoimentos de vítimas, especialistas em armas químicas confirmaram os ataques. Com base nos relatos dos sobreviventes, a Anistia estima que entre 200 e 250 pessoas foram mortas em mais de 30 ataques.

Em Cartum, o governo do ditador Omar Bachir negou tudo. Os ataques podem minar as tentativas do Sudão de se reaproximar do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos.

Pela estimativa das Nações Unidas, desde 2003, pelo menos 300 mil pessoas foram mortas na província sudanesa de Darfur, no foi descrito como um genocídio, a tentativa de exterminar todo um povo. Para o movimento Mundo sem Genocídio, o total de mortos já passa de 480 mil.

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