domingo, 28 de agosto de 2016

Morales acusa mineiros de conspiração para derrubar o governo

O presidente Evo Morales afirmou que as greves e manifestações de protesto que causaram a morte de três mineiros e do vice-ministro do Interior da Bolívia, Rodolfo Illanes, eram parte da última conspiração de seus inimigos políticos para derrubar o governo, noticiou o jornal Latin American Herald Tribune.

"Mais uma vez, o governo nacional esmagou uma tentativa de golpe. Estou convencido disso", declarou ontem Morales em entrevista na cidade de Cochabamba. Ele acusou os mineiros de planejarem se entrincheirar ao longo das estradas que bloquearam e disse haver documentos confiscados nas cooperativas que falam abertamente em "derrubar o governo".

Pelo menos dez líderes mineiros foram presos na investigação sobre o assassinato de Illanes, inclusive o presidente da Federação Nacional das Confederações de Mineiros (Fencomin), Carlos Mamani. Os mineiros mortos no confronto com a polícia na rodovia La Paz-Oruro eram Fermín Mamani, Rubén Aparaya Pilco e Severino Ichota.

Morales denuncia o movimento dos mineiros como uma jogada política, rejeitando a alegação da Fencomin de que é um protesto contra uma nova lei que permite a criação de sindicatos dentro das cooperativas.

Na sexta-feita, Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS), descreveu o vice-ministro sequestrado e torturado até a morte por mineiros como "um herói da defesa dos recursos naturais" da Bolívia e acusou o movimento dos mineiros de ser uma pressão no governo para permitir que as cooperativas negociem diretamente contratos com empresas privadas nacionais e estrangeiras.

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